Brasília - Uma votação no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, pode marcar hoje, pela primeira vez, a mudança de posição do Brasil em relação ao Irã.
A proposta de enviar um relator especial ao país do Oriente Médio para investigar as denúncias de violações de direitos humanos deve receber o apoio do Brasil, seja em votação regular, seja em decisão de consenso que ainda está sendo negociada no conselho.
A resolução está longe de ser uma condenação, o que facilita a posição brasileira. Ainda assim, o apoio brasileiro à iniciativa pode ser considerado o primeiro sinal de um "ajuste", como define o Itamaraty, na resposta do País a problemas na área de direitos humanos.
Abstenções
Nos últimos 10 anos, o Brasil se absteve em votações que condenavam o Irã ou era contrário a resoluções, como no caso das últimas sanções aprovadas no Conselho de Segurança da ONU, em junho. Nas abstenções anteriores, na Assembleia-geral das Nações Unidas, a alegação brasileira era a de que esse não era o fórum adequado para a discussão.
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