O assessor da Presidência para os Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou ontem que o governo brasileiro "não é uma ONG" e que não irá intervir na atual crise dos direitos humanos em Cuba porque "se relaciona com outros governos, e não com dissidentes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atraiu críticas ao dizer, no começo desta semana, que a Justiça cubana deve ser respeitada por prender pessoas com base na lei do país e que "greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar presos.
"Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade, comparou o presidente que, em fevereiro, visitou Havana no dia seguinte à morte do preso político Orlando Zapata Tamayo após greve de fome de 85 dias.
Em meio à greve de fome que o dissidente Guillermo Fariñas iniciou após a morte de Zapata e que já dura 18 dias , o presidente, que jejuou nos anos 1980, durante a ditadura militar brasileira, disse ainda que a prática é uma "insanidade.
Fariñas está hospitalizado desde quinta-feira, quando teve seu segundo desmaio. Ele diz que Lula é "cúmplice da tirania do regime castrista.
Ontem, durante entrevista em São Paulo, Garcia disse que Lula trata da questão dos direitos humanos em Cuba "com a discrição que ele acha que tem de tratar e defendeu que, às vezes, "a melhor forma de ajudar é não tomar partido.
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