O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, afirmou nesta terça-feira (9), categoricamente, que o governo não pensa em conceder asilo ao administrador de sistemas e ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA-Central Intelligence Agency) Edward Snowden. Ao lado do chanceler do Uruguai, Luis Almagro, Patriota disse, mais uma vez, que o pedido não será analisado, mas completou: "O asilo não será concedido".

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Responsável pelo vazamento de milhares de documentos que comprovam o monitoramento de comunicações feito pelo governo dos Estados Unidos, Snowden está há duas semanas na área internacional de trânsito do aeroporto de Moscou. Há cerca de uma semana, ele enviou pedidos de asilo a cerca de 20 países, entre eles o Brasil. O documento foi entregue na Embaixada do Brasil na Rússia. Já na época, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que não responderia, numa manobra diplomática em que não diria, claramente, não, mas deixava nítido que não se envolveria na crise. Nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores foi mais definitivo.

Apesar da revelação feita pelo jornal "O Globo" de que cidadãos do Brasil foram monitorados pelo esquema de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA-National Security Agency), a posição do País se mantém. Nesta terça, a Venezuela, a quem Snowden também pediu asilo, decidiu aceitá-lo. Patriota, no entanto, afirmou que não tem informações sobre a saída do administrador de sistemas da Rússia. "Creio que no momento ainda está se buscando uma solução para a situação do senhor Snowden", afirmou.

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O ex-agente da CIA entregou ao jornal inglês "The Guardian" milhares de documentos que comprovariam o sistema de espionagem de comunicação montado pelo governo dos EUA. Depois disso, fugiu do país, passou por Hong Kong e foi para a Rússia. Os EUA exigem a extradição de Snowden, que dever ser processado por traição.