O vice-presidente da República, Michel Temer, reforçou nesta quinta-feira (28) que o Brasil não está inclinado a impor sanções econômicas contra o Paraguai, em represália à destituição do presidente Fernando Lugo, um processo que já foi alvo de críticas duras por sua rapidez.

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"O que a presidente Dilma tem divulgado é que não haverá sanções econômicas. Pelo menos essa é a primeira ideia do Brasil", disse Temer, durante participação em evento empresarial na cidade de São PauloSegundo Temer, o Brasil aguarda a manifestação dos demais países na reunião do Mercosul, que acontece nesta quinta e na sexta (29) em Mendonza (Argentina).

"Eu vejo também que o próprio ex-presidente Lugo tem dito que não se deve impor nenhuma sanção ao Paraguai, porque significa castigar o povo desse país", acrescentou.

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Temer disse ainda que o Brasil deve ser favorável a lançar "advertências" contra o Paraguai, mas sem tomar uma "atuação impeditiva ao avanço econômico" do país vizinho, um dos mais pobres da região.O vice evitou tomar posição ao ser questionado se considerava o processo de impeachment de Lugo como um "golpe", como declararam explicitamente outras nações sul-americanas.

Mas não deixou de comentar que a Suprema Corte paraguaia confirmou a decisão do Congresso local.

"O que se critica, e é criticável, é a rapidez do processo", concluiu.Entre a abertura do processo de julgamento político e a destituição de Lugo transcorreram 30 horas.