O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, usou o Twitter pra condenar as eleições no parlamento da Venezuela e dizer que o Brasil não vai reconhecer o resultado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi ao Twitter criticar a votação ocorrida hoje na Assembleia Nacional da Venezuela que tornou o deputado Luis Parra, seu presidente.

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Parte da oposição ao presidente Nicolás Maduro chamou a votação de "golpe", já que parlamentares ligados a Juan Guaidó foram impedidos de entrar para votar no Palácio Legislativo, incluindo o próprio Guaidó, que era até então o presidente da Assembleia. Guaidó também é reconhecido por mais de 50 países, o Brasil incluso, como presidente legítimo da Venezuela.

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"Em Caracas, Maduro tenta impedir, à força, votação legítima na Assembleia Nacional e reeleição de Juan Guaidó para a presidência da AN e do governo interino, crucial para a redemocratização do país. O Brasil não reconhecerá qualquer resultado dessa violência e afronta à democracia", escreveu o chanceler brasileiro.

No tuíte, Araújo também compartilhou um vídeo que mostra a Guarda Nacional Bolivariana, fiel a Maduro, impedindo Guaidó de entrar na sede da Assembleia Nacional. O deputado tentou até escalar e pular um portão que cerca o prédio, mas foi impedido pela guarda.

Grupo de Lima condena Maduro

O Grupo de Lima emitiu uma nota neste domingo, 5, na qual condena o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por ter impedido que deputados de oposição pudessem entrar na sede da Assembleia Nacional, onde ocorreu a votação para a escolha da nova mesa diretora.

"Os países do Grupo de Lima condenam o usa da força pelo regime ditatorial de Nicolás Maduro para impedir que os deputados da Assembleia Nacional pudessem chegar livremente à sessão, convocada por hoje, 5 de janeira, para eleger democraticamente sua mesa diretora.

A Assembleia Nacional tem o direito constitucional de reunir-se sem intimidações ou interferências a fim de eleger seu presidente e diretores, de forma que não reconhecemos o resultado de uma eleição que viola estes direitos e que foi realizada sem a plena participação dos deputados que foram à sessão", diz a nota assinada em conjunto pelos governos de Brasil, Canadá, Colômbio, Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, entre outros.

Entre os deputados que foram barrados pela Guarda Nacional da Venezuela está Juan Guaidó, reconhecido como presidente legítimo do país por mais de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos.