Em entrevista por telefone à GloboNews, o embaixador Cesário Melantônio disse que o governo brasileiro não está considerando o uso de navios para retirar os brasileiros que desejam fugir do Líbano. Ele não soube precisar quantos brasileiros querem sair do país, dizendo apenas que se contam às centenas.
Ele disse que o escritório de emergência montado na Turquia, na cidade de Adana, para atender os brasileiros tem condição de dar apoio aos cidadãos que não possam viajar imediatamente para a capital, Istambul, ou para cidades européias que tenham vôos para o Brasil. A cidade conta com boa infra-estrutura hoteleira, mas o diplomata não precisou se o governo brasileiro apoiaria financeiramente aqueles que por uma razão ou outra - vaga no avião brasileiro, por exemplo - não consigam embarcar imediatamente em Adana.
Os brasileiros estão sendo retirados do Líbano em ônibus alugados pela missão diplomática brasileira, saindo do país via Síria ou Jordânia. Alguns países, como Índia, Irlanda e Austrália, usaram ônibus também, mas evacuações em massa estão sendo feitas de navio, a partir do porto de Beirute, que está preservado dos ataques de Israel.
Nesta sexta-feira, um ônibus com 52 brasileiros partiu de Beirute para Adana. Segundo o consulado brasileiro, eles não vão usar o "Sucatão" do governo brasileiro, porque têm passagens para o Brasil, informou a rádio CBN.
O segundo vôo de brasileiros sairá no domingo. Segundo o embaixador, o terceiro sairá na quarta-feira da semana que vem, dia 26.
O escritório de emergência aberto em Adana deverá funcionar até o fim deste mês, em princípio. Se for necessário, disse Melantônio, ele permanecerá aberto por mais tempo. Diplomatas que saíram do Brasil, de Londres e do Líbano, além do pessoal da missão na Turquia, integram o escritório.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, falou com o chanceler turco, Abdullah Güll, para pedir todo o apoio possível aos brasileiros.
Nesta sexta-feira, comparecendo à Cúpula do Mercosul, realizada na cidade argentina de Córdoba , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse chocado com a situação no Líbano.
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