O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira (15) que já está em negociação entre a Bolívia e o Brasil uma possível redução ou mesmo isenção dos impostos pagos hoje sobre a exploração de petróleo e gás em solo boliviano. A medida seria uma contrapartida para que o Brasil voltasse a investir no país vizinho e até mesmo viabilizasse a instalação do polo gás químico na divisa entre ambas as nações. Os investimentos no polo foram pleiteados por prefeitos locais diretamente junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que visitou hoje à região. O polo gás químico estava com seus estudos suspensos desde que a Bolívia elevou acima dos 50% os tributos sobre a exploração no país e tornou inviável novos investimentos.
Segundo o ministro, desde que o preço do barril do petróleo caiu estes impostos se tornaram uma "insanidade".
O ministro falou à Agência Estado após entrevista coletiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente boliviano Evo Morales, em Corumbá. Segundo o ministro o acordo entre os dois países para a redução do volume de gás importado - dos 30 milhões de metros cúbicos diários, para 24 milhões - deverá ser mantido até abril ou maio. "Acreditamos que até lá já tenhamos restabelecido o consumo total do gás com a retomada das atividades em algumas indústrias", disse o ministro. Além da sazonalidade e da expectativa de um arrefecimento na crise até abril ou maio, o ministro aposta na queda do preço do gás importado como efeito incentivador da demanda.
O gás importado é reajustado a cada três meses, mas o porcentual do reajuste tem um cálculo baseado no preço de uma cesta de óleos média dos seis meses anteriores. Isso significa que em janeiro, no último reajuste, ainda estava valendo o valor recorde do barril de petróleo na casa dos US$ 150,00 em julho de 2008. "O preço do gás certamente vai cair, e bastante, em março", disse Lobão.
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