![Brasil pede que autoridades da Guatemala respeitem resultado das eleições Presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, disse que vê “um golpe em curso” no país.](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/09/02102312/f9287922dd4fad1fe47cc76908dfab3d620c26e8-960x540.jpg)
O governo brasileiro pediu nesta sexta-feira (01) às autoridades da Guatemala que respeitem os resultados das eleições vencidas por Bernardo Arévalo de León e que garantam uma transição pacífica.
Em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil expressou preocupação com a situação política na Guatemala, após o anúncio da suspensão provisória da personalidade jurídica do Movimiento Semilla, partido de Arévalo de León.
"O governo brasileiro entende que a segurança jurídica e a previsibilidade do processo de transição, bem como o respeito às prerrogativas e imunidades das autoridades eleitorais, dos partidos políticos e dos candidatos eleitos são elementos indispensáveis para o efetivo exercício da soberania popular por meio do voto", diz o comunicado do Itamaraty.
O Ministério também parabenizou a declaração aprovada pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que dá ao secretário-geral da organização, Luis Almagro, maior autoridade para supervisionar o processo de transição na Guatemala.
Arévalo de León venceu as eleições no segundo turno
Arévalo de León venceu as eleições para a presidência do país centro-americano para o mandato de 2024-2028 no segundo turno disputado em 20 de agosto, com 2,5 milhões de votos. Ele superou a ex-primeira-dama Sandra Torres Casanova, da Unidade Nacional de Esperança (UNE), por 21 pontos percentuais.
Porém, na última segunda-feira (28), o Registro de Cidadãos do Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala suspendeu provisoriamente o partido de Arevalo de León.
Essa decisão sem precedentes criou incertezas e causou sérias preocupações em vários países.
Na quarta-feira (30), o Congresso guatemalteco concordou em não reconhecer a bancada do Movimiento Semilla por ordem do juiz Fredy Orellana, que foi acusado de minar a justiça e de corrupção pelo Departamento de Estado dos EUA.
Já nesta sexta-feira (01), Arévalo de León garantiu que o país está sofrendo um "golpe de Estado" orquestrado com o objetivo de impedir sua posse e a de membros de seu partido político, marcada para 14 de janeiro de 2024.
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