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Presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, disse que vê “um golpe em curso” no país.
Presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, disse que vê “um golpe em curso” no país.| Foto: EFE/ Esteban Biba

O governo brasileiro pediu nesta sexta-feira (01) às autoridades da Guatemala que respeitem os resultados das eleições vencidas por Bernardo Arévalo de León e que garantam uma transição pacífica.

Em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil expressou preocupação com a situação política na Guatemala, após o anúncio da suspensão provisória da personalidade jurídica do Movimiento Semilla, partido de Arévalo de León.

"O governo brasileiro entende que a segurança jurídica e a previsibilidade do processo de transição, bem como o respeito às prerrogativas e imunidades das autoridades eleitorais, dos partidos políticos e dos candidatos eleitos são elementos indispensáveis para o efetivo exercício da soberania popular por meio do voto", diz o comunicado do Itamaraty.

O Ministério também parabenizou a declaração aprovada pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que dá ao secretário-geral da organização, Luis Almagro, maior autoridade para supervisionar o processo de transição na Guatemala.

Arévalo de León venceu as eleições no segundo turno

Arévalo de León venceu as eleições para a presidência do país centro-americano para o mandato de 2024-2028 no segundo turno disputado em 20 de agosto, com 2,5 milhões de votos. Ele superou a ex-primeira-dama Sandra Torres Casanova, da Unidade Nacional de Esperança (UNE), por 21 pontos percentuais.

Porém, na última segunda-feira (28), o Registro de Cidadãos do Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala suspendeu provisoriamente o partido de Arevalo de León.

Essa decisão sem precedentes criou incertezas e causou sérias preocupações em vários países.

Na quarta-feira (30), o Congresso guatemalteco concordou em não reconhecer a bancada do Movimiento Semilla por ordem do juiz Fredy Orellana, que foi acusado de minar a justiça e de corrupção pelo Departamento de Estado dos EUA.

Já nesta sexta-feira (01), Arévalo de León garantiu que o país está sofrendo um "golpe de Estado" orquestrado com o objetivo de impedir sua posse e a de membros de seu partido político, marcada para 14 de janeiro de 2024.

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