O Brasil caiu quatro posições no ranking divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional (TI) que mediu a percepção da corrupção em 2011 e agora ocupa a 73.ª colocação entre 183 países avaliados.
Embora tenha piorado no ranking, o Brasil melhorou ligeiramente sua nota, que passou a ser 3,8 este ano. A queda se deu porque entraram novos países no ranking, como Santa Lúcia, Bahamas e São Vicente e Granadinas, que aparecem na frente do Brasil.
Segundo Alejandro Salas, responsável pelo continente americano na Transparência Internacional que tem sede em Berlim , o Brasil adota medidas contra a corrupção, mas continua com práticas centenárias, como o nepotismo e a compra de votos. Também persiste a percepção de venda de favores nas esferas públicas.
No topo da lista ficou a Nova Zelândia, com 9,5. A percepção de que o país é corrupto é maior na Coreia do Norte e na Somália, já que ambos ficaram na lanterna, com a nota 1.
O ano de 2011 viu o movimento por uma maior transparência tomar um momento irreversível, à medida que cidadãos ao redor do mundo exigem responsabilidades e transparência dos seus governos.
Os países com altas notas mostram que, com o tempo, os esforços para melhorar a transparência podem ser mantidos, bem-sucedidos e beneficiar seu povo, afirmou o diretor executivo da TI, Cobus de Swardt.
O índice da Transparência Internacional classifica os países e territórios de acordo com os níveis percebidos de corrupção no setor público. Utiliza dados de 17 pesquisas que levam em conta fatores como o cumprimento de leis anticorrupção e conflitos de interesse. As avaliações incluem ainda questões relacionadas com a corrupção de funcionários públicos, propinas nos contratos públicos e desvio de fundos públicos.