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Brasília - O Brasil poderá enviar integrantes do governo para ajudar a negociação entre Evo Morales e a oposição. A oferta será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), marcada para à tarde em Santiago.

A informação é do assessor de assuntos internacionais de Lula, Marco Aurélio Garcia. Oferta semelhante havia sido feita na semana passada, quando o próprio Garcia iria chefiar uma missão a La Paz, mas Morales recusou a oferta. De todo modo, não havia garantias para encontro com os dois lados conflito naquele momento.

No fim de semana, chanceleres dos países membros da Unasul trocaram informações sobre a situação na Bolívia e traçaram as linhas gerais para a reunião. O Brasil quer um texto que afaste qualquer possibilidade de ingerência na Bolívia, mas ainda não há um consenso.

O governo brasileiro não quer tomar nenhuma decisão sem a concordância do governo boliviano e da oposição, posição bem diferente de Chávez, que sugeriu a reunião de emergência e já ofereceu a Morales "apoio armado".

Sobre as declarações de Morales feitas ontem, acusando "pistoleiros brasileiros e peruanos" pelo massacre em Pando, onde morreram 25 pessoas na última quinta-feira, Garcia disse não ter causado problemas diplomáticos.

Os 12 presidentes da Unasul devem emitir hoje um documento com duas linhas principais sobre a crise na Bolívia: apoio à integridade territorial boliviana e ao governo constitucional, numa ponta, e um pedido ao fim da violência e à negociação entre Morales e os governadores departamentais em rebelião aberta.

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