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Na Suíça

Brasil se recusa a assinar declaração de cúpula que quer paz na Ucrânia

Cúpula pela paz na Ucrânia realizada na Suíça
Cúpula pela paz na Ucrânia realizada na Suíça em junho de 2024. Da esquerda para direita: Ignazio Cassis (conselheiro federal da Suíça), Viola Amherd (presidente da Suíça), Volodymir Zelensky (presidente da Ucrânia), Andriy Yermak (chefe de gabinete de Zelensky), e Jake Sullivan (conselheiro de segurança nacional dos EUA). (Foto: EFE/EPA/MICHAEL BUHOLZER / POOL)

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A Cúpula da Paz na Ucrânia, que reuniu cerca de 60 líderes mundiais e representantes de 90 governos, terminou neste domingo (16) com uma declaração conjunta apelando à segurança do trânsito nuclear e marítimo. Mas o Brasil e 12 outros países em desenvolvimento e os parceiros da Rússia em certos fóruns se recusaram a assinar o documento.

As informações são do governo da Suíça, país que foi o anfitrião da cúpula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez viagem à Europa nesta semana, decidiu não participar do encontro. A ausência foi proposital. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo brasileiro pensa que não fazia sentido participar da cúpula, pois "não envolve os dois lados em conflito".

O ditador russo Vladimir Putin não foi convidado. Por isso, Lula rejeitou os convites de Viola Amherd, presidente da Suíça, e enviou a embaixadora brasileira no país como representante.

Além do Brasil, também se recusaram a assinar Índia e África do Sul — que fazem parte, juntamente com Rússia e China, do grupo de economias emergentes Brics —, assim como o México.

Também não assinaram o documento Armênia, Bahrein, Indonésia, Eslováquia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia e Emirados Árabes Unidos, enquanto 80 nações o fizeram, incluindo a grande maioria dos países da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile e Equador.

No final da segunda sessão plenária de líderes, realizada hoje, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu às delegações pela sua participação e por compreenderem que “estamos todos interessados ​​no fato de não haver perigo nas centrais nucleares e outras instalações atômicas”.

“Estou grato que os participantes nesta conferência compreenderam isto e a necessidade de restaurar a segurança total na usina nuclear de Zaporizhzhia, capturada pela Rússia”, acrescentou.

“Agradeço também a cada um de vocês por nos apoiar em nossos esforços para garantir uma navegação segura e preservar o livre fluxo de alimentos”, disse o mandatário ucraniano.

“Quero enfatizar que a segurança alimentar é vital, não somente para os países do Sul Global, mas literalmente para todos os países do mundo. Qualquer perturbação nos mercados de alimentos é um caminho direto para o caos que a Rússia deseja”, disse Zelensky.

O documento produzido pela cúpula defende a integridade territorial da Ucrânia perante a invasão russa e pede que o país invasor colabore com troca de prisioneiros de guerra inteiramente e devolva crianças.

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