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Mulher segura criança no colo para votar em uma zona eleitoral do Brooklyn, em Nova York | Brendan McDermid/Reuters
Mulher segura criança no colo para votar em uma zona eleitoral do Brooklyn, em Nova York| Foto: Brendan McDermid/Reuters

A política comercial americana pode mudar caso a oposição republicana conquiste a maioria no Senado e na Câmara nas eleições legislativas, como indicava a maioria das pesquisas até as 20h (de Brasília) de ontem. Segundo diplomatas e analistas políticos ouvidos, o Congresso americano poderia finalmente votar a renovação do Sistema Geral de Preferências, que permite que o Brasil exporte aos EUA cerca de 3,5 mil produtos com isenção de tarifas - em uma das raras mudanças do novo Congresso que podem beneficiar o país.

O sistema privilegia 122 países considerados emergentes e afeta 10% das exportações brasileiras aos EUA, o que equivale a cerca de US$ 3 bilhões. A atual vigência do Sistema Geral americano, que começou a funcionar em 1976, expirou em julho de 2013 e não foi votada pela Câmara dos Deputados, controlada pela oposição.

Obama pediu à Câmara que renove o sistema. Mas, ironicamente, uma maioria republicana no Congresso pode permitir ao presidente Barack Obama negociar de forma mais rápida os dois blocos comerciais promovidos por seu governo, a Parceria Transpacífica (com vários países asiáticos e americanos) e a Parceria Transatlântica, com países europeus.

A oposição a acordos comerciais é maior entre os correligionários democratas do presidente, que costumam culpar tratados de livre comércio pelo êxodo de empregos do país ao México e à China. Para isso, Obama pediria um "fast track", autorização para pular trâmites tradicionais e acelerar a negociação.

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