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O Brasil vai dobrar o efetivo de militares disponíveis para servir no Haiti de 1,3 mil para 2,6 mil. Atendendo ao pedido da ONU, o governo decidiu enviar inicialmente 900 voluntários do Exér­­cito e da Marinha que já estiveram no país caribenho.

O Ministério da Defesa decidiu manter no Brasil uma reserva de 400 militares para a força da Mi­­nustah (missão das Nações Uni­­das para a estabilização do Haiti), que poderão ser deslocados para o Haiti a qualquer mo­­mento. Não há, contudo, previsão para o início do reforço das tropas, que será autorizado pelo Congresso so­­mente na próxima segunda.

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Desde o começo da semana o Brasil baixou o tom das críticas à maciça presença militar americana – que pode chegar a 16 mil ho­­mens em alguns dias. O governo estava incomodado com o protagonismo dos EUA, uma vez que a Minustah é a única força de paz que o Brasil comanda.

Ontem, os ministros das Re­­lações Exteriores, Celso Amorim, e da Defesa, Nelson Jobim, assinaram a exposição de motivos do projeto que, antes de seguir para o Legislativo, será balizado pela Casa Civil.

Como o Congresso está em recesso, o assunto será discutido por sua comissão representativa, composta por 17 deputados e oito senadores. Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que preside a Comis­­são de Relações Exteriores do Senado, diz que a oposição aprova a iniciativa e não vai se opor ao envio imediato de 90 fuzileiros navais, 660 homens da infantaria do Exército e 150 da Polícia do Exér­­cito (especializada em segurança de infraestrutura, material e pessoal militar).

O efetivo brasileiro ajudará a cumprir o aumento aprovado pe­­la ONU nas tropas da Minustah, que receberão reforço de 3,5 mil militares e policiais, so­­mados aos cerca de 9 mil hoje em atuação no Haiti.

Ontem, Lula falou ao telefone com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que elogiou a atuação dos soldados brasileiros. "O presidente Lula reiterou a importância da organização do grupo civil que se encarregue das doações, para deixar a Minustah mais livre para as tarefas manutenção da paz'', disse o chanceler Celso Amorim.

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