São Paulo O Brasil deve começar a produzir e testar até meados do ano que vem a primeira vacina contra o verme Necator americanus, que causa a ancilostomíase moléstia mais conhecida como amarelão ou doença do Jeca Tatu que atinge cerca de 1,3 bilhão de pessoas no mundo, segundo a OMS. Este foi um dos motivos da vinda do médico Ciro de Quadros ao Brasil.
O Instituto Sabin de Vacinas está investindo US$ 50 milhões para desenvolver a vacina. Ela foi criada nos EUA e já passou pela fase 1. Agora virá para o Brasil, onde será produzida pelo Instituto Butantã e depois passará por testes clínicos em Minas Gerais a cargo da Fiocruz. Os detalhes finais entre as três instituições foram fechados ontem.
O amarelão causa uma anemia severa, que incapacita tanto crianças quanto adultos. "Hoje podemos tratá-la com vermífugos, mas logo a pessoa pega de novo. E a droga em excesso pode lesar o fígado, então o melhor é imunizar", explica Isaías Raw, do Butantã. Para Quadros, a produção da vacina em um país que de fato necessita dela é uma revolução na maneira de tratar as doenças negligenciadas. "O preço já chegará acessível à população."