Brasileira morta nos EUA teria questionado masculinidade do namorado

Pouco antes de ser morta com um tiro no rosto na Flórida, a modelo brasileira Janaína Reis, de 17 anos, teria feito uma brincadeira questionando a masculinidade do namorado, o porto-riquenho Juan Rafael Arrieta-Rolon, de 22 anos.

Segundo o jornalista Toni Barros, editor de um jornal em português na cidade, essa versão foi contada pela amiga da vítima, Fernanda Gomez, que testemunhou o crime ocorrido em um condomínio em Pompano Beach, na Flórida.

No sabado à tarde, Janaína, Juan e Fernanda estavam sentados em uma mesa perto da piscina do condomínio.

- Janaína estava pintando a unha e o Juan, de bricandeira, pegou o material e começou a pintar a unha. Ela comentou que no Brasil os homens que pintam a unha não são bem visto. Juan, que não é brasileiro, ficou furioso com o comentário, saiu e voltou armado - disse Barros.

Juan teria perguntado à Janaína se ela não achava que ele era homem, a moça não teria respondido nada e, então, ele disparou contra a cabeça da modelo.

De acordo com o jornal americano "Sun Sentinel", quando a polícia chegou ao condomínio Juan e Fernanda disseram ter ouvido tiros e, em seguida, visto Janaína sangrando. Os dois foram levados para a delegacia e,ao serem ouvidos separadamente pelos policiais, Fernanda disse que Juan tinha matado Janaína.

- Ela disse que tinha medo dele - disse a porta-voz da polícia de Broward, Veda Coleman- Wright.

Juan, que se mudou para a Flórida há seis meses, confessou o crime. Ele foi preso sem direito à fiança e acusado de homicídio premeditado.

Segundo a polícia, o motivo do crime ainda não foi esclarecido.

- Ele andou na direção dela, tirou a arma da cintura e apertou o gatilho - disse a porta-voz. - Ele não deu qualquer explicação.

A família da vítima tenta conseguir um visto para que a irmã de Janaína viaje para os EUA. A adolescente de 13 anos vivem no Espiríto Santo com parentes e deve embarcar ainda nesta segunda-feira.