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Andrea Schwartz, a brasileira presa em Nova York sob suspeita de comandar um esquema milionário de prostituição voltou a negar as acusações em entrevistas publicadas neste sábado pelos jornais "Daily News de Nova York" e "New York Post". Ela afirma, no entanto, que mantém seu luxuoso padrão de vida com a ajuda que recebeu de diversos "padrinhos", entre eles alguns dos mais influentes e poderosos homens no mundo.

- Eu nunca aceito dinheiro por sexo.... Nunca me prostitui - insistiu Andréa, que foi presa sem direito a fiança, sob acusação de prostituição, lavagem de dinheiro e venda de drogas.

Capixaba de Vila Velha, Andrea concedeu uma entrevista ao "Daily News" no presídio de Rikers Ilsand, citando alguns dos nomes do passado - o que inclui o principal executivo de finanças da Time Warner, Wayne Pace. Segundo a moça, Pace teria sido extremamente generoso, dando-lhe dinheiro e roupas. A informação de que o alto executivo da Time Warner assinou diversos cheques de cinco dígitos em nome da amiga foi confirmada por uma fonte próxima ao processo.

Apesar de não negar que a conhece, Schwartz afirmou por meio de seu advogado que "não havia relacionamento inadequado". De acordo com o "Daily News", além de Pace, um proeminente advogado de defesa criminal e um suposto comerciante de armamentos também teriam sucumbido aos encantos da brasileira de 31 anos.

Bem longe do conforto de seu apartamento de US$ 1,2 milhão, sentada de pernas cruzadas em uma cadeira de plástico na sala de visitas do presídio, Andrea mexia os longos cabelos de um lado para outro enquanto insistia em sua inocência.

Pesadelo

Tentando moldar uma imagem bem diferente daquela "dona de bordel" que chegava a cobrar US$ 700 a hora por um programa com as garotas que agenciava, refere-se ao episódio pelo qual atravessa como um "pesadelo" que destruirá sua vida.

Andrea Schwartz contou ser de origem humilde, cujos pais, divorciados, viviam se mudando. Atingiu a maturidade em meio aos mimos que recebia dos homens. Aos 19 anos, ganhou uma BMW de um namorado. Em 1997, foi para a Itália fazer um curso de negócios que sequer concluiu. Desmanchou o noivado com Marcello Fontana, mudou-se para Londres, onde conheceu Michael Young, que a levou para os Estados Unidos, onde se fixaram em Cambridge, Massachusetts. Mas o sonho da vida de princesa na América parece não ter durado muito tempo:

- Enquanto os homens no exterior são generosos, na América eles não te dão nada - queixo-se ao repórter do "Daily News".

Andrea ficou na região da Nova Inglaterra por apenas seis meses. Com o fim do relacionamento com Michael Young, ela se mudou para Nova York, onde por alguns meses chegou a dançar em clubes de strip.

- Odiei - disse.

Casou-se e separou-se de Forrest Cannon. Alugou um apartamento com quatro garotas de programa que pagavam as despesas em troca de moradia e um local para levar seus clientes. Segundo a entrevista de Andréia ao jornal nova-iorquino, ela pouco ficava em casa e nada tinha a ver com os homens que eram trazidos ao apartamento localizado na Oitava Avenida.

Dali, Andrea foi morar sozinha num apartamento na Rua 58th, no West Side. Mas a visita de parentes e familiares era constante e ela tinha que contestar acusações da polícia de operar um negócio envolvendo garotas de programa, sexo e drogas. Até que um policial disfarçado conseguiu enganá-la:

- Ele disse que me amava. Foi uma armadilha - disse

Em três meses, o policial paquerou-a com flores e tentou persuadi-la, mas ela teria dito ao pretendente que não vendia sexo. Quando ele insistiu, ela contou que o encaminhou para outra mulher. Em seguida o policial disfarçado teria pedido a ela que o ajudasse a conseguir um pouco de cocaína para uma festa de despedida de solteiro, e ela tentou se justificar:

- Todo mundo conhece um traficante em Nova York

A intermediação da venda - Andrea ligou para o traficante, levando a droga ao policial disfarçado e pegando o dinheiro - foi toda gravata por uma câmera de vídeo escondida. Ao ser questionado sobre o caso, o subcomissário de Polícia Paul Browne disse que "as evidências, incluindo o vídeo, falam por si".

Andrea também negou ter US$ 1,5 milhão, conforme afirmou a polícia, referindo-se aos ganhos de seu rentável negócio:

- Eu nunca tive um milhão e meio. Sabe quanto eu tenho? US$ 300 mil.

As viagens que faz freqüentemente ao Brasil, disse Andrea, são para ver o filho adotivo de 12 anos, de sua irmã gêmea falecida.

- Como posso ser uma "dona de bordel"? - disse, pouco antes de o tempo concedido à entrevista para o "Daily News" ter se esgotado.

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