O brasileiro Fernando Sabag Montiel, acusado de tentar matar a vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, em 1º de setembro do ano passado, afirmou em entrevista divulgada nesta terça-feira (14) que não se arrepende do ataque.
Em declarações dadas do programa "Minuto Uno", da emissora local "C5N", cujo site divulgou vídeos da conversa, Sabag Montiel respondeu o motivo da tentativa de assassinato.
"Basicamente, pela situação do país", afirmou.
"A arma estava carregada, apertei o gatilho e o tiro não saiu. Tinham cinco balas na arma", garantiu o brasileiro de origem chilena.
Perguntado durante a entrevista se tinha algum arrependimento, Sabag Montiel respondeu apenas "não".
A tentativa ocorreu na noite de 1º de setembro do ano passado, quando o acusado se aproximou da vice-presidente, que cumprimentava admiradores, apontou uma arma contra o rosto dela e apertou o gatilho, mas o projétil não saiu.
Toda a cena acabou sendo registrada pelas câmeras de cinegrafistas que acompanhavam Kirchner.
Além de Sabag Montiel, brasileiro de 36 anos, foi presa a namorada dele, Brenda Uliarte, de 26, ambos investigados como supostos coautores do crime de homicídio.
Já Agustina Díaz, amiga de Uliarte, que foi colocada em liberdade, e Nicolás Carrizo, chegaram a ser presos por terem sido identificadas comunicações sobre o crime com os acusados.
O brasileiro, contudo, negou o envolvimento de outras pessoas no caso e buscou inocentar a namorada.
"Eu fiz isso por causa própria, entendem? Estão inventando uma história. Agi sozinho, com relação ao atentado, sim. Eu tenho as provas aqui. E que Brenda Uliarte não tem nada a ver com isso", afirmou Sabag Montiel.
Segundo o brasileiro afirmou à equipe da "C5N", depois do ataque, "foram plantadas" balas na casa dele, assim como drogas.
"Estão dando uma imagem inflada do que sou, porque não sou tudo o que dizem", afirmou.