O brasileiro Jeremias Bins, de 30 anos, confessou ter matado sua mulher e seu enteado com um martelo na noite de sábado, na cidade americana de Framingham, segundo um relatório enviado pela polícia à Justiça local. De acordo com reportagem do jornal "Boston Herald" publicada nesta terça-feira, o brasileiro, que seria imigrante ilegal, admitiu que estava irritado com o tempo que Carla Souza, de 37 anos, passava com o filho Caique, de 11, na igreja mórmon.
O senhorio do casal, Francisco Dutra, contou ao "Boston Herald" que Bins entrou no país em 2002, atravessando ilegalmente a fronteira com o México. Ele teria pago US$ 10 mil aos chamados coiotes. Dutra disse que já era amigo de Bins antes de alugar um apartamento para ele, quatro meses atrás.
Se o brasileiro for condenado, ele só poderá ser deportado após cumprir a pena nos EUA. No entanto, pelas leis americanas, a sentença por homícidio pode ser de prisão perpétua, sem direito a liberdade condicional.
No depoimento à polícia, Bins contou que atacou Carla quando ela estava sentada na cama, falando por telefone com um operador do serviço de emergência 911. Ele disse que pegou um martelo no armário e golpeou a mulher várias vezes na cabeça. Caique, filho de um casamento anterior da brasileira, teria então entrado no quarto. Bins afirmou que deu um golpe na cabeça do enteado, com a mesma ferrramenta.
Ainda de acordo com o jornal, a perícia afirmou na segunda-feira que Carla e seu filho morreram devido a "múltiplas fraturas no crânio e lesões cerebrais" causadas por vários golpes com um objeto contundente.
O juiz Robert Greco determinou que Bins aguarde o julgamento na prisão. O advogado dele, Earl Howard, disse ainda não ter argumentos para pedir que o brasileiro seja liberado sob fiança.
O brasileiro se apresentou à polícia na madrugada do crime, com as mãos e as roupas sujas de sangue. Ele estava com o filho que teve com Carla, de cinco meses. O bebê está sob custódia do Estado americano.