O estudante brasileiro Gabriel Eudes, de 21 anos, que mora há um ano e meio na Islândia, presenciou de perto a rotina da população local devido à erupção de um vulcão na geleira de Eyjafjallajokul, cujas cinzas acabaram por causar um colapso no sistema aéreo de toda a Europa, que já dura seis dias.

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Em entrevista ao site de notícias G1, Gabriel conta como chegou a ficar bem próximo das lavas do vulcão, que destruíram parte da estrada por onde ele regressava para sua casa. Nascido em Manaus, Gabriel vivia em São Paulo quando foi morar com sua tia, Rejane Santana, na Escandinávia. Enquanto Rejane trabalha no hospital, Gabriel estuda e cuida dos sobrinhos na capital islandesa, Reykjavik. Na semana passada, ele passou perto da região do vulcão e passou um pequeno susto.

Gabriel voltava de carro sozinho da Dinamarca para terminar a mudança de sua família, que passou a morar na ilha nórdica. Após passar três dias em uma balsa, chegou à Islândia no porto de Seiydisjordur, ao leste do país, e ainda tinha de dirigir, sozinho, por 780 km até chegar à capital, do outro lado da ilha.

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O estudante passou a tarde na fazenda de um tio, onde comemorou seu aniversário. À noite, já tinha passado da metade do trajeto, mas estava cansado após a longa viagem. Decidiu dormir um pouco e estacionou seu carro em um acostamento ao lado de um posto de gasolina e de um hotel à beira da estrada. Seu descanso, porém, durou apenas quarenta minutos.

"Fui acordado por um policial batendo no vidro do meu carro, ordenando que eu saísse imediatamente do local, pois a estrada estava encharcada de lava". Gabriel estava estacionado a aproximadamente cinco quilômetros de distância do vulcão, próximo à cidade de Vik, no sul do país. "Eram por volta de três horas da madrugada e as pessoas saíam rapidamente do hotel. Toda a área teve de ser evacuada. Mas elas não demonstravam medo ou pânico. Estavam tranqüilas, pois devem estar acostumadas", afirmou Gabriel.

Gabriel só teria corrido algum perigo caso tivesse permanecido no local, que foi totalmente isolado. A lava, de fato, chegou a danificar uma parte da rodovia. Assim como os hóspedes do hotel, o brasileiro teve que pegar um desvio por uma rota alternativa, o que atrasou em mais três horas a chegada de sua casa.

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