Há cinco anos nos Estados Unidos, Edmar Alves Araújo, de 34 anos, morreu na tarde de terça-feira (7), após ser detido em uma blitz em Rhode Island. A irmã do brasileiro, Irene Araújo, disse ao jornal "Boston Globe" que assim que recebeu um telefonema do irmão que estava indo visitá-la, dirigiu-se à delegacia e tentou entregar o remédio que ele tomava para epilepsia.
No entanto, segundo ela, os policiais se recusaram a aceitá-lo. "Eu disse a eles que ele não poderia passar nenhum dia sem o remédio, mas eles responderam que ele próprio deveria informar sua condição", relatou Irene ao jornal, alegando que as autoridades ignoraram sua súplica de que se tratava de uma situação emergencial.
Segundo a porta-voz do Departamento de Imigração, Paula Grenier, Araújo foi detido quando os policiais descobriram que havia uma ordem de deportação de 2002 contra ele. Grenier disse que Araújo estava sob custódia das autoridades federais há pouco mais de uma hora quando começou a se sentir mal e foi levado ao Hospital de Rhode Island, onde morreu. Segundo um oficial de estado, os exames que determinarão a causa da morte do brasileiro deverão ficar prontos em três meses.
Araújo vivia em Milford, Massachusetts, onde trabalhava como frentista e pintor. Ele tinha um filho de 13 anos que mora na Itália e, segundo a irmã, sempre que podia enviava dinheiro à mãe, de 65 anos, que mora no Brasil.
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