Um brasileiro está entre os 19 mortos em um ataque terrorista ao Museu Bardo, ontem, na capital Túnis. Segundo as autoridades locais, atiradores vestindo uniformes militares invadiram o local, no centro da cidade, por volta de meio-dia (horário local). Além do brasileiro, que não teve a identidade divulgada, morreram outros 16 turistas, visitantes de Itália, Alemanha, Polônia, Espanha e Colômbia, e dois tunisianos. Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas.
“Todos os tunisianos devem estar unidos depois deste ataque, que teve como objetivo destruir a economia tunisiana.”
Forças de segurança ocuparam o museu, que fica perto do parlamento do país, mataram dois militantes e libertaram turistas feitos reféns. Um policial e uma funcionária do museu foram mortos. Imagens de televisão mostraram dezenas de pessoas, incluindo estrangeiros idosos e um homem com uma criança, buscando abrigo.
O brasileiro e os dois colombianos mortos faziam parte de um grupo de turistas que faziam um cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo. Segundo o guia do grupo, Wasel Busid, ao deixarem o ônibus no qual passeavam por Túnis, um jovem abriu fogo e matou sete pessoas. Seus companheiros capturaram os demais como reféns e se entrincheiraram no jardim do museu.
Os atiradores não foram identificados, mas vários grupos islâmicos emergiram no país desde o levante de 2011, que derrubou o autocrata Zine El-Abidine Ben Ali.
O atentado contra um alvo de tamanha visibilidade é um golpe para o país norte-africano, que depende muito do turismo europeu e foi praticamente poupado de grandes episódios de violência militante desde sua rebelião de 2011. O levante contra Bem Ali inspirou a chamada “Primavera Árabe” na Líbia, no Egito, na Síria e no Iêmen.
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