Díli Cerca de 300 pessoas participaram ontem de uma marcha em Díli, capital de Timor Leste, em memória do brasileiro Aurélio Edgard Gonçalves Brito, 32 anos, assassinado no domingo. Primeiro estrangeiro vítima da violência na ex-colônia portuguesa, provocada pela crise político-militar iniciada em abril, Brito atuava no país como missionário evangélico havia dois anos.
A homenagem foi organizada por outros brasileiros e autorizada pelas autoridades timorenses. O primeiro-ministro do país, José Ramos Horta, o ministro das Relações Exteriores, José Luís Guterres, e a vice-ministra da pasta, Adalgisa Magno, compareceram à manifestação.
Os embaixadores do Brasil, Antônio de Souza e Silva, e de Portugal, João Ramos Pinto, também participaram da homenagem.
A marcha silenciosa percorreu uma distância de cerca de 2,5 quilômetros. Ao final da caminhada, um pastor evangélico, uma freira católica e um religioso muçulmano fizeram declarações em prol da paz, em uma manifestação de diálogo entre as religiões.
Em seguida, os participantes em sua maioria brasileiros abandonaram o local, deixando para trás velas acesas.