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Um dos desaparecidos após o ataque do grupo terrorista Hamas em um festival de música no final de semana, o brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, teve sua morte confirmada pela família nesta segunda-feira (9).
Em entrevista à emissora americana CNN, um primo disse que o corpo foi reconhecido pelo pai do jovem. Ranani, que tem cidadania israelense e vivia no país há sete anos, estava no evento com a namorada, Rafaela Treistman, que conseguiu escapar do massacre se escondendo entre corpos de vítimas.
Ela afirmou que começaram a surgir mísseis no céu durante o festival e as pessoas corriam em busca de um lugar protegido. Eles encontraram um bunker, que lotou em pouco tempo.
Com a multidão aglomerada no pequeno espaço, os terroristas começaram a jogar bombas de gás no interior no local.
“Havia vários feridos e mortos dentro do bunker. Não tínhamos como sair, tentamos ligar para a polícia, nos defendendo literalmente com os corpos das pessoas que morreram”, disse Rafaela à CNN.
Ranani chegou a publicar um vídeo em suas redes sociais mostrando a situação do bunker e explicando o que estava acontecendo. Outros brasileiros que estavam no evento seguem desaparecidos.
Um dos casos mais marcantes divulgados nos últimos dias após as atrocidades cometidas pelos terroristas contra civis no ataque ao festival é o sequestro e assassinato da alemã Shani Nicole Louk, de 30 anos, que teve seu corpo exibido como um troféu na carroceria de uma picape por integrantes do Hamas.
Mais de 100 pessoas foram sequestradas desde o final de semana em Israel, quando o conflito foi iniciado de surpresa pelo grupo terrorista.
Nota do Itamaraty
Na manhã desta terça-feira (10), o governo federal emitiu uma nota lamentando a morte do brasileiro e repudiando os atos de violência.
"O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Brasil reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.", diz a publicação.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse em suas redes sociais que recebeu com tristeza a informação e que condena "todos os atos de terrorismo".
Ofensiva israelense
Nesta terça-feira (10), o exército israelense afirmou ter atingido mais de 1,7 mil pontos estratégicos do grupo Hamas na Faixa de Gaza desde o início dos confrontos no Oriente Médio, que ocorreu no último sábado (7).
Antes de iniciar a retaliação, o governo israelense comunicou os civis palestinos sobre a contraofensiva que seria realizada, concedendo tempo para eles deixarem a região.
O brutal ataque terrorista do Hamas contra Israel já resultou em mais de 900 mortes no território israelense e em cerca de 2,6 mil pessoas feridas, segundo dados oficiais mais recentes. Na área palestina, 687 pessoas já morreram e 3,7 mil ficaram feridas por causa dos bombardeios.