O guia turístico maranhense Dagnaldo Pinheiro Gomes, 36 anos, deportado do Egito por, supostamente, divulgar ideais cristãos no país de maioria muçulmana, chegou na manhã desta sexta-feira ao Brasil. Ele ficou nove dias preso no que definiu como um "esconderijo clandestino", ao lado de prisioneiros que teriam sofrido torturas.
Gomes morava no Egito há sete anos e foi preso no dia 18, em Cairo, quando visitava as pirâmides. Policiais encontraram bíblias e folhetos cristãos escritos em árabe no seu carro e o detiveram pelo crime de proselitismo religioso, proibido pelas leis egípcias.
"Fui colocado em um lugar clandestino, com outros prisioneiros que eram torturados. Tive muito medo, cheguei a ficar incomunicável por alguns dias", afirmou. Oficiais do corpo diplomático brasileiro visitaram Gomes na prisão e atuaram para que ele fosse libertado. "É muito bom voltar para meu país. Aqui tem liberdade de expressão", afirmou, após desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
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