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Num escritório de um prédio, localizado no centro de Johannesburgo, uma quadrilha de golpistas comandava uma rede de extorsão e sequestro.

Os alvos eram empresas e executivos estrangeiros, interessados em fechar negócios de exportação com a África do Sul e países da Ásia.

De acordo com a polícia, o diretor de uma madeireira do Pará, Osmar Pereira, de 58 anos, foi para Johannesburgo na terça-feira e foi o último a cair no golpe.

Os golpistas montaram uma falsa empresa de exportação e importação e pela internet ofereciam negócios rápidos e lucrativos na África do Sul. Os interessados eram convidados para visitar o país, recebidos no aeroporto, mas tão logo chegavam à cidade, eram feitos reféns.

O brasileiro foi encontrado na sala de uma casa grande de esquina, a vinte minutos do centro da cidade, com muro alto e grades na janela. Ele estava ferido, com pés e mãos amarrados. Logo em seguida foi levado para o hospital. Ele tinha queimaduras no corpo feitas com ferro de passar roupa.

Seis pessoas foram presas na casa e mais três no escritório dos golpistas. Todos são nigerianos. O brasileiro, a vítima, já saiu do hospital, prestou depoimento e continua à disposição da polícia.

Segundo a divisão antisequestro, Osmar Pereira foi proibido de gravar entrevista, está muito abalado e vai ficar mais uma semana na África do Sul. A pedido da Justiça do país, ele vai prestar depoimento e ajudar no processo contra os seqüestradores.

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