Londres Um brasileiro terá a função de investigar se Israel cometeu ou não violações aos direitos humanos na recente guerra no Líbano contra o Hezbollah. A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu uma comissão de inquérito para avaliar a situação e o diplomata brasileiro João Clemente Baena Soares foi indicado para integrar o grupo de três especialistas que irão ao Oriente Médio.
A comissão foi formada depois que os países árabes e latino-americanos votaram uma resolução no Conselho de Direitos Humanos da ONU pedindo investigações no Líbano. Apesar da tentativa de europeus de que a comissão não fosse aprovada, árabes e latino-americanos acabaram prevalecendo na votação.
"Enquanto estamos analisando o direito internacional nas salas da ONU, há um país desrespeitando tudo o que já foi estabelecido nas leis", disse Soares, especialista em direitos humanos.
No Líbano, Baena Soares terá a função de avaliar a morte de civis durante a guerra, além das armas utilizadas. Outro foco da investigação será a forma pela qual o meio ambiente e a infra-estrutura do país foram afetados.
O diplomata já ocupou cargos como o de secretário-geral do Itamaraty no início dos anos 80 e dirigiu a Organização dos Estados Americanos (OEA) por dez anos. Além do brasileiro, o inquérito será conduzido por Chande Othman, da Tanzânia, e Stelios Perrakis, da Grécia.
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