Reynaldo (esq.) e Alaor que estão no Condado de Orange irão para um centro de triagem e depois para um presídio| Foto: Reprodução / TV Globo

Veja que Reynaldo e Alaor seriam coiotes, ajudando estrangeiros

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Os dois brasileiros condenados à prisão perpétua nos Estados Unidos em 6 de março passado serão transferidos de presídio em até dez dias, segundo contou um dos detidos através de uma carta para a família.

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Nesta terça-feira (24), Alaor do Carmo de Oliveira Junior, de 55 anos, e Reynaldo Eid Júnior, de 49 anos, estão no Condado de Orange, na Califórnia, e irão para um centro de triagem e, depois, para um novo presídio. Considerados perigosos, eles serão enviados para uma unidade de segurança máxima.

Os dois foram presos em 24 de novembro de 2005, acusados de sequestrar uma mulher e o filho, ambos brasileiros. As vítimas alegam terem sido feitas reféns pelos compatriotas, que estariam fazendo o serviço de "coiotes". Eles negam. Coiote é o termo designado para as pessoas que ajudam estrangeiros a atravessar a fronteira, principalmente do México, para os EUA.

Oliveira Junior estava nos Estados Unidos desde 2000 trabalhando como carpinteiro. Eid Junior era dono da empresa de transporte que levava a mulher e o filho e havia, segundo a família, adquirido o green card após se casar com uma americana. Ele, porém, perdeu a cidadania após ser preso.

Júlio Victor do Espírito Santo, cônsul-geral adjunto do Consulado em Los Angeles, confirmou a transferência e disse através de um e-mail para os familiares dos dois presos que o Itamaraty vai providenciar um advogado particular para cuidar do caso e apresentar uma apelação.

No correio eletrônico, Espírito Santo diz que a "apelação demora" e que "há que se preparar para o pior e torcer pelo melhor", segundo contou o irmão de Eid, Luciano, por telefone.

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Na carta, Oliveira define a condenação na Corte de Santa’Ana como "terrível".