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Nesta quinta-feira (2), 32 pessoas chegaram ao Brasil em um voo da FAB, vindas da Cisjordânia.
Nesta quinta-feira (2), 32 pessoas chegaram ao Brasil em um voo da FAB, vindas da Cisjordânia.| Foto: Assessoria da Presidência da República

O governo brasileiro resgatou, desde o início da guerra no Oriente Médio, 1.445 pessoas e 53 animais de estimação que estavam na região de conflito entre Israel e os terroristas do Hamas. Na manhã desta quinta-feira (2), outros 32 passageiros, vindos da Cisjordânia, regressaram ao país em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). O Brasil, no entanto, ainda não entrou na lista dos países que podem retirar seus cidadãos da Faixa de Gaza.

Na segunda-feira (30), uma aeronave da FAB partiu para o Cairo onde aguarda o embarque de 34 pessoas que estão em Gaza e, se liberadas, vão cruzar a fronteira em direção ao Egito. São 20 brasileiros e 14 palestinos em processo de imigração para o Brasil. Todos estão hospedados, por conta do Itamaraty, em Rafah e Khan Younis, cidades situadas em uma região menos atingida pelo conflito.

A passagem de Rafah é a única fronteira que a Faixa de Gaza não divide com Israel. Mas sua reabertura, ocorrida três semanas após o início da guerra, tem sido gradual e controlada com rigidez pelas autoridades egípcias. Segundo o governo do país, todos os 7 mil estrangeiros que aguardam a repatriação serão liberados, porém em grupos de cerca de 500 pessoas.

As autorizações são fruto de um acordo, intermediado pelo Catar, entre o Egito, Israel e o Hamas. As duas listas de países liberados para retirar seus cidadãos de Gaza já incluem Austrália, Áustria, Barhein, Bélgica, Bulgária, Chade, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Indonésia, Itália, Jordânia, Japão, Macedônia, México e República Tcheca. Graças a um esforço pessoal do presidente Joe Biden, os norte-americanos compõem o principal grupo, com 400 pessoas autorizadas sair da região.

“Novas relações de países serão publicadas em breve e nossos brasileiros devem estar nelas”, disse o embaixador Alessandro Candeas, da Representação Brasileira em Ramala.

No entanto, fontes do Itamaraty têm afirmado para a imprensa que Israel está priorizando a saída de cidadãos de seus aliados na guerra contra o Hamas. E a demora da inclusão do Brasil nas listas seria uma resposta à atuação do país à frente do Conselho de Segurança da ONU – em outubro, a resolução redigida pela diplomacia brasileira, e vetada pelos EUA, não mencionava o direito de defesa dos israelenses.

Além do Brasil, outros países da América Latina, da África e do mundo árabe (com exceção da Jordânia), ainda aguardam a autorização para retirar pessoas de Gaza.

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