A experiência de ser obrigado a permanecer na metade do caminho durante uma viagem foi vi­­vida por diversos brasileiros que moram na Europa.

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Depois de passar quatro dias em um congresso em Dresden, no norte da Alemanha, o físico brasileiro Fernando Castro estava ansioso para embarcar de volta para casa, em Londres. Com os voos cancelados, Castro foi para a estação de trem. Tudo lotado durante o fim de semana inteiro. "Me disseram que não havia a menor possibilidade de eu chegar na Inglaterra. Trens e ônibus estavam todos cheios", diz o físico. "Pensei em alugar um carro, mas pagaria 1,5 mil euros para deixar o carro na Inglaterra".

Sorte melhor teve o médico carioca Paulo Miranda, que mo­­rou em Curitiba por quatro anos e hoje vive na Suíça. Ele tomou um dos últimos voos que saiu de Berlim, na noite de quinta-feira. "Outros amigos meus tiveram que alugar um carro e voltar dirigindo de lá para Zurique. Doze horas de carro", diz. De avião, a viagem duraria 1 hora e 40 mi­­nutos.

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A arquiteta Luciana Bosco e Silva vive situação inversa. Ela está presa em Londres, onde mo­­ra, tentando viajar para Portugal. "Tenho uma apresentação para fazer num congresso lá na terça-feira. Consegui remarcar meu voo para domingo à tarde. Agora vou torcer para dar certo", afirma.

A brasileira Michelle Hegg estava passando férias no Ca­­na­­dá com a família. "Remar­­caram nossa passagem para a quinta-feira da semana que vem. Ainda não estou acreditando nisso", desabafa.