Vivendo na Coreia do Sul desde agosto do ano passado, a estudante cearense Gabriela Santana, 27 anos, tem passado as noites em claro por causa de um teste que nada tem a ver com o programa nuclear da Coreia do Norte.
O que tem tirado seu sono são os preparativos para o teste de proficiência em coreano, o temido Topik, sem o qual não poderá iniciar o mestrado em linguística.
Ela conta que tem sido "bombardeada" por telefonemas e mensagens de parentes e amigos de Fortaleza, preocupados com o risco de guerra entre as Coreias.
A ansiedade, diz ela, contrasta com a tranquilidade do cotidiano na cidade de Daegu, onde mora. "As pessoas se acostumaram a viver nessa situação de conflito. Não há nenhum sinal de pânico."
A calma dos sul-coreanos é a principal razão citada pelos brasileiros que falaram com a reportagem para manter sua rotina inalterada e não levar a sério as ameaças de guerra da Coreia do Norte.
Nem o alerta feito pelo regime norte-coreano, para que os estrangeiros deixem a Coreia do Sul, pareceu mexer com os nervos da grande maioria.