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Brasileiros negam envolvimento em ataque contra senador paraguaio

Dois brasileiros que estão presos no Paraguai negaram, em depoimento à polícia nesta terça-feira (27), envolvimento no atentado contra o senador paraguaio Robert Acevedo.

O ataque, ocorrido nesta segunda-feira em Pedro Juan Caballero, próximo à fronteira com o Brasil, deixou o político ferido e matou dois de seus guarda-costas .

Em entrevista ao site G1 por telefone, o chefe da polícia da região de Pedro Juan Caballero, Francisco González, disse que os detidos teriam antecedentes criminais no Brasil e estavam ilegais no Paraguai. Os dois suspeitos vão continuar detidos.

Acevedo declarou que sobreviveu por milagre. Segundo ele, a "máfia do narcotráfico" ordenou o ataque, em que morreram seu guarda-costas Richard Martínez e seu motorista, Floriano Alonso. Em entrevista ao 'Jornal Hoje', o senador disse que os assassinos de aluguel teriam vindo do Brasil.

O senador, do Partido Liberal Radical Autêntico, recebeu um tiro no braço e outro, de raspão, na cabeça, e recupera-se em um hospital de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã. Ele não corre risco de morrer.

Ele disse que sua cabeça vale US$ 300 mil para os traficantes. Também afirmou que, assim que se recuperou, vai abandonar a região.

"Se quero continuar vivo, tenho de deixar a cidade. Aqui, essas coisas vão continuar. Estamos parecendo cidades mexicanas como Tijuana ou Juárez", disse.

A polícia informou que o carro do senador foi emborcado em uma movimentada avenida da cidade, por atacantes em dois carros. Eles metralharam o carro do senador com pelo menos 50 tiros e logo depois fugiram.

Acevedo estava no banco do passageiro na frente. Ele conseguiu fugir durante o tiroteio e, ajudado por um motociclista, foi levado a um hospital próximo.

O senador é irmão de José Acevedo, atual prefeito de Pedro Juan Cavallero.

A região norte do Paraguai está em estado de exceção desde a semana passada, por 30 dias por conta da ação do Exército do Povo Paraguaio (EPP), acusados de serem responsáveis por sequestros e assassinatos na zona limítrofe com a Bolívia e o Brasil. O estado de exceção vale para cinco departamentos.

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