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Volta para casa

Brasileiros pedem voos da FAB

Com a interrupção dos voos e as comunicações por telefone prejudicadas, cresce entre os brasileiros presos no Chile a ansiedade em relação à volta para o Brasil. Enquanto não encontram um meio de voltar ao país, os viajantes relatam momentos de expectativa e apreensão. "Acontecem novos tremores o tempo todo, e dá para ver que estão começando a faltar coisas no mercado. Es­­peramos que as coisas não fiquem piores nos próximos dias", torce o paulista Marcelo Vieira, técnico em eletrônica, que estava em Santiago a trabalho.

Vieira tinha voo marcado para a manhã do último sábado. Após o cancelamento, ele procurou a Embaixada do Brasil em Santiago para obter informações sobre rotas alternativas. "Nos disseram que já havia 400 brasileiros querendo voltar para o país. Vocês (jornalistas) precisam pressionar para que o Brasil mande um avião militar. As companhias aéreas vendem passagens pela internet, mas não há nenhum voo programado", afirma.

Segundo o embaixador no Chile, Mário Vilalva, a diplomacia brasileira prestou assistência a cerca de mil brasileiros até a manhã de ontem. O embaixador informou ainda que há cerca de dez brasileiros que estão recebendo ajuda do governo. "Eles estão acomodados em albergues, onde a alimentação está inclusa", disse. Ontem, um avião do governo foi enviado ao Chile para trazer um grupo de 17 brasileiros considerados como "prioritários" pela embaixada. En­­tre os resgatados, está um grupo de escritores brasileiros que participariam de um se­­minário, dentre eles as autoras Ana Maria Machado e Lygia Bo­­junga.

O diplomata brasileiro afirma que não há previsão de que a Força Aérea Brasileira (FAB) envie mais um avião para buscar brasileiros no país. "Não há nenhum brasileiro em condições graves para justificar o envio do avião. A maioria pode esperar até que o aeroporto seja reaberto", avaliou. Apesar disso, afirma que a situação poderá mudar.

Por terra

Alguns brasileiros estão optando por viajar de ônibus até a Argen­­tina, e então comprar passagem em um dos voos que partem rumo ao Brasil. Este é o caso de uma equipe de cinco profissionais de saúde do Hospital de Clínicas liderada por Flávio Telles, diretor do corpo clínico da instituição, que estava no país realizando um treinamento. O grupo embarcou on­­tem em um ônibus que saiu de Santiago rumo a Mendoza, na Ar­­gentina, e esperam chegar a Curi­­tiba amanhã à noite.

Aeroporto

O Ministério de Obras Públicas do Chile afirmou ontem que o aeroporto da capital Santiago só deve ser reaberto para voos internacionais na próxima sexta-feira, seis dias depois do terremoto.

Segundo o ministério, os voos nacionais devem ser normalizados nas próximas 24 horas se as autoridades conseguirem consertar os danos causados pelo tremor aos tanques de armazenamento de combustível para as aeronaves, informou Pablo Ortega, se­­cretário-geral da Direção Geral de Aeronáutica Civil.

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