Os atos comemorativos pelo 98° aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima começaram nesta terça-feira (12), dia no qual devem chegar dezenas de milhares de peregrinos entre os quais ganha destaque o grande número de brasileiros.
Assim explicou um porta-voz do santuário português, que lembrou que apesar de ser habitual a presença de brasileiros nessas celebrações, neste ano o contigente é sensivelmente superior.
A peregrinação internacional realizada nesta data será presidida pelo arcebispo brasileiro de Aparecida, Raymundo Damasceno Assis, que é acompanhado por uma comitiva desde seu país natal formada por mais de 800 pessoas.
O Santuário de Fátima, atualmente um dos centros mais importantes de peregrinação para os católicos de todo o mundo, recebeu a inscrição de um total de 164 grupos de peregrinos procedentes de diferentes países, alguns deles distantes, como a Austrália.
No entanto, o número de grupos inscritos é normalmente pequeno em comparação com aos que chegam sem fazer uma prévia notificação, segundo a organização.
O início oficial desta Peregrinação Internacional está previsto para 18h30 local (14h30, em Brasília) na Capela das Aparições e depois será realizada a chamada “procissão das velas” e se oficiará uma eucaristia.
Já de madrugada, os peregrinos farão uma vigília que se prolongará até as 7h de quarta-feira, quando sairão em procissão, irão à tradicional missa e será celebrada a bênção dos doentes e a cerimônia do adeus com a qual são encerradas as atividades.
A maioria dos presentes a esta celebração -- que chegam sobretudo a pé -- se encontram já no pequeno município, localizado a 130 quilômetros ao norte de Lisboa.
O culto a Fátima tem sua origem entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917, período durante o qual três pastores portugueses -- Lucia, Jacinta e Francisco -- afirmaram ter sido testemunhas de várias aparições de Nossa Senhora.
Os três menores explicaram que Nossa Senhora fez várias revelações nesses encontros, conhecidos desde então como os três segredos de Fátima.
O primeiro vaticinava a morte prematura de Jacinta e Francisco (que eram irmãos e primos de Lucia) e o segundo se referia à visão aterrorizadora do inferno, no final da I Guerra Mundial e à explosão da Segunda Guerra Mundial, e predizia a conversão da Rússia e o fim do comunismo.
A terceira profecia foi revelada no ano 2000 e, segundo o Vaticano, se referia ao atentado sofrido por João Paulo II em 1981 e à luta do comunismo ateu contra a Igreja.