A polícia portuguesa informou ontem que a cocaína apreendida na operação que resultou na prisão de cinco brasileiros foi a maior dos últimos anos. Foram apreendidos 1.736 kg de cocaína, que estava escondida em dez contêineres.
Em comunicado, a Polícia Judiciária de Portugal informou que os brasileiros, com idades entre 21 e 49 anos, declararam ser empresários e um deles se apresentou como investigador da Polícia Civil. Os presos não tiveram a identidade revelada. De acordo com a polícia portuguesa, o grupo é suspeito de pertencer a uma rede criminosa internacional e "face à grande quantidade de drogas e e ao modus operandi utilizado, inédito em Portugal e de difícil detecção pelas autoridades, demonstra uma capacidade financeira e complexidade muito relevantes".
Com a colaboração das autoridades brasileiras, a polícia iniciou a Operação Nuvem Branca há cerca de seis meses. Um esquema de importação de drogas foi detectado e policiais rastrearam uma carga de dez contêineres que tinha gesso em sacos como conteúdo declarado. A carga entrou em Portugal pelo porto de Leixões, no norte do país, e seguiria em caminhões até um galpão que pertence à empresa de um dos brasileiros presos, na zona industrial de Montijo, nos arredores de Lisboa.
Interceptados pela polícia, os contêineres foram abertos e inspecionados. A droga foi encontrada escondida em buracos feitas em placas de gesso maciças e moldadas em fábrica. Além da cocaína, foram apreendidos dois veículos, telefones celulares, documentos e cerca de 30 mil euros.