A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta quinta-feira (25) que cerca de 150 pessoas podem ter morrido em um naufrágio na costa da Líbia. O caso pode ser o desastre envolvendo migrantes mais letal no Mediterrâneo este ano.
Por muito tempo a Líbia tem sido uma das principais rotas para migrantes que se dirigem para a Europa em barcos frágeis. Mas os riscos de fazer essa jornada e de permanecer na Líbia aumentaram recentemente - com os esforços da Europa para reduzir as operações de resgate no Mediterrâneo e com a escalada de conflitos na Líbia, que passa pelo período mais crítico desde 2011. No dia 2 de julho, 44 pessoas foram mortas em um ataque aéreo contra um centro de detenção para migrantes na Líbia. A ONU descreveu o caso como um possível crime de guerra.
Um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados disse que, além das cerca de 150 pessoas que podem estar mortas no mar, 150 pessoas foram resgatadas e transportadas de volta à Líbia. "A pior tragédia deste ano no Mediterrâneo acabou de ocorrer", escreveu Filippo Grandi, alto comissário da ONU para refugiados, no Twitter, acrescentando que é preciso oferecer aos migrantes rotas seguras para sair da Líbia "antes que seja muito tarde para muitas pessoas desesperadas".
