Jean Twagiramungu, quando foi extraditado pela Alemanha em 2017. Ele foi condenado a 25 anos de prisão por participação no genocídio de 1994 contra a etnia tútsi em Ruanda.| Foto: RNP News
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O Tribunal Superior de Crimes Internacionais e Transfronteiriços de Ruanda condenou nesta quinta-feira a 25 anos de prisão Jean Twagiramungu, extraditado da Alemanha em 2017, pelo papel exercido no genocídio ocorrido no país africano em 1994, em que cerca de 800 mil pessoas foram assassinadas.

A corte, localizada na cidade de Nyanza, considerou o réu culpado dos delitos de genocídio e extermínio, por ele ter liderado um massacre contra uma igreja católica na Província do Sul.

Twagiramungu negou as acusações e alegou que sua mãe era tútsi, população que foi alvo majoritário da violência em Ruanda.

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Logo depois do anúncio da sentença, o réu declarou que iria entrar com recurso contra a decisão.

Por sua vez, a Ibuka, organização que reúne as associações de sobreviventes do genocício se manifestou positivamente sobre o resultado do julgamento.

"Comemoramos a sentença e aplaudimos a todos os países que extraditaram essas pessoas que mataram nossas famílias, para que enfrentem a justiça em Ruanda", disse Gakwenzire Philibert, presidente da ONG.

Durante os últimos 30 anos, tanto tribunais do país africano, como cortes internacionais ou de outras nações, julgaram e condenaram responsáveis por aquela que é considerada uma das maiores matanças étnicas da história recente da humanidade.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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