Advogada de direitos humanos Ana Leonor Acosta apontou aumento nos casos vitimando mulheres detidas por razões políticas| Foto: Reprodução
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A advogada de direitos humanos venezuelana Ana Leonor Acosta denunciou nesta quarta-feira (22) que houve um aumento da tortura de mulheres detidas por razões políticas no país sul-americano. “Da Coalizão pelos Direitos Humanos e Democracia, estamos denunciando que a violência de gênero é uma forma de tortura. Observamos como a Venezuela tem visto recentemente um aumento na tortura de mulheres detidas por razões políticas”, declarou a advogada, em um áudio lançado pela oposição em suas redes sociais.

A primeira lei sobre violência contra a mulher na Venezuela data de 1998, e a mais recente, a Lei Orgânica sobre o Direito das Mulheres a uma Vida Livre de Violência, é de 2007 e prevê penas de prisão de até 20 anos.

“As mulheres na Venezuela não escapam à arbitrariedade do governo de Nicolás Maduro e são possivelmente as mais afetadas em sua psique ou em sua integridade pessoal, pois são assediadas pelos algozes e este assédio tem um impacto psicológico maior sobre as mulheres do que sobre os homens”, denunciou Acosta.

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De acordo com os últimos dados divulgados pela ONG Foro Penal, há 261 pessoas detidas na Venezuela que são consideradas prisioneiras políticas, das quais 246 são homens e 15 são mulheres. Dessas 261, 129 são civis e 132 são militares, de acordo com dados divulgados pela organização, que se dedica à defesa e promoção dos direitos humanos.

“Os atos cometidos contra as mulheres, além de constituírem um mecanismo para reduzir sua dignidade humana, são uma forma de violência de gênero. A prática dessas formas de tortura aplicadas contra as mulheres pode ser inscrita dentro das noções de violência psicológica, física e sexual incluídas na Lei Orgânica do Direito das Mulheres a uma Vida Livre de Violência”, destacou a advogada.