O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia voltou a ser discutido na esteira das queimadas na Amazônia. Horas antes do encontro neste sábado (24) do G7 em Biarritz, na França, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reforçou que validade do trato inclui medidas de preservação ambiental, colocando ainda mais pressão para uma revisão das políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro (PSL). "É difícil imaginar um processo harmonioso de ratificação pelos países europeus enquanto o governo brasileiro permite a destruição dos pulmões verdes do planeta", escreveu logo depois no Twitter.
A fala segue o ritmo de declarações de outras autoridades europeias, que já colocaram em xeque negócios com o Brasil por causa da situação na floresta amazônica. A França, cujo presidente Emmanuel Macron acusou Bolsonaro de "mentir" e não cumprir as demandas ambientais assumidas durante o encontro do G20 em Osaka, no Japão, afirmou que se colocaria contra o acordo Mercosul-UE se Bolsonaro não fizesse nada para proteger a Amazônia. Além disso, a Finlândia pediu que a União Europeia considere a possibilidade de banir a importação de carne brasileira devido à devastação causada pelos incêndios.