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Não adiantaram, neste domingo, os apelos do secretário-geral da ONU, António Guterrez, pedindo um cessar-fogo imediato entre israelenses e palestinos. Foguetes e morteiros foram lançados às centenas da Faixa de Gaza para o sul de Israel, enquanto o governo de Benjamin Netanyahu respondeu com bombardeio aéreo maciço sobre supostos alvos militares, mas deixando dezenas de vítimas civis pelo caminho.
Foi o pior dia do conflito iniciado há uma semana, com 42 mortos, incluindo dez crianças, do lado palestino. O primeiro-ministro israelense disse que as mortes dos civis ocorreram porque o Hamas "está criminosamente nos atacando a partir de pontos vizinhos a escolas, residências e prédios de escritórios". Netanyahu não vê o final do conflito a curto prazo, e disse que fará “tudo o que for necessário para restaurar a paz e a ordem”. “Mas levará um tempo”, acrescentou. O jornal New York Times relata que o comandante das forças de Israel no sul do país, Eliezer Toledano, disse à TV pública Kan que era “importante continuar e exaurir a campanha que foi iniciada, agora que conseguimos entrar e causar danos profundos ao Hamas”. Em resposta, o vice-líder do Hamas disse à mesma estação que “se Israel não quer parar, nós não vamos parar”.
“O conflito ameaça arrastar israelenses e palestinos para uma espiral de violência com consequências devastadoras para as duas comunidades e para toda a região”, disse o secretário-geral da ONU. “Tem o potencial de iniciar uma crise humanitária e de segurança incontrolável, além de alimentar ainda mais o extremismo”, acrescentou. Segundo as Nações Unidas, desde a erupção do conflito, na segunda-feira (10), Israel já fez 950 ataques aéreos à Faixa de Gaza, matando 181 palestinos, incluindo 52 crianças. No mesmo período, mais de 2.900 foguetes foram lançados pelos palestinos, matando dez israelenses, entre eles, duas crianças.
