Neste domingo (6), a rede social chinesa TikTok anunciou a suspensão de transmissões ao vivo e publicação de novos conteúdos em solo russo alegando receio quanto à segurança de usuários da plataforma que estão postando conteúdos relacionados à guerra na Ucrânia.
A decisão se deu após a aprovação, pelo parlamento da Rússia na sexta-feira (4), de uma lei que pune com até 15 anos de prisão quem “espalhar informações falsas sobre as forças armadas do país”. De acordo com a lei, chamar a ação no país vizinho de “guerra” pode ser considerada desinformação, passível de prisão.
O governo russo tem criado diversas medidas para evitar que seus cidadãos tenham acesso a informações de fora do país. Na mesma data da aprovação da lei, o governo de Vladimir Putin proibiu o funcionamento de diversas redes sociais, como Facebook e Twitter. A agência de comunicação da Rússia também restringiu o acesso a vários importantes sites de notícias, como BBC, Voice of America, Radio Free Europe e Deutsche Welle sob a alegação de que estariam publicando notícias falsas sobre a guerra. Manifestações de cidadãos russos contrários aos ataques ordenados por Putin também têm sido penalizados com prisões; somente neste domingo foram presos 3.500 manifestantes foram detidos.