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Manifestante grita slogans durante protesto contra corrupção e carências no sistema de saúde, exigindo a renúncia do presidente paraguaio Mario Abdo Benitez, em frente ao prédio do Congresso em Assunção, em 5 de março de 2021| Foto: NORBERTO DUARTE/AFP

O presidente do Paraguai, Mario Abdo, anunciou que fará mudanças em seu gabinete ministerial, após o país ter uma onda de protestos violentos contra a forma como o governo tem administrado a pandemia do novo coronavírus. Na sexta-feira, ao menos 21 pessoas – nove manifestantes e 12 policiais – ficaram feridas, conforme informações da imprensa local. No sábado, novas manifestações foram registradas no leste do país. A população questiona a falta de remédios e suprimentos nos hospitais, além de atraso no processo de vacinação no país.

Neste sábado, o ministro das Tecnologias da Informação e da Comunicação, Juan Manuel Brunetti postou em sua conta no Twitter que o presidente "escuta os cidadãos" e "tem a melhor predisposição para poder fazer deste segundo mandato um bom período”. Brunetti também disse que "os cargos (dos ministros) estão à disposição do presidente".

O colapso dos hospitais levou à saída do ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, na sexta-feira. Em seu lugar, Julio Borba foi nomeado interinamente, segundo nota da presidência. Borba era até sexta-feira vice-ministro de Assistência Integral à Saúde e Previdência do Ministério da Saúde. Também vão deixar o governo Eduardo Petta, ministro da Educação, Juan Ernesto Villamayor, chefe de gabinete, e Nilda Romero, do Ministério da Mulher.

O Paraguai registrou 165.811 casos positivos e 3.278 óbitos por covid-19 até o sábado, segundo o último relatório do ministério da Saúde do país.