Pessoa é vacinada contra Covid-19 em Buenos Aires, Argentina, 2 de setembro| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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A ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, anunciou nesta sexta-feira que o país sul-americano começará a vacinar crianças de três a 11 anos contra a Covid-19 com o imunizante da farmacêutica chinesa Sinopharm, depois que o regulador do país deu aval ao uso pediátrico.

"Hoje a Anmat (Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica) confirmou que estamos em condições de avançar com a autorização do uso da vacina da Sinopharm em pediatria para crianças de 3 a 11 anos de idade", disse Vizzotti em entrevista coletiva. O governo argentino estima que a população alvo de crianças dessa faixa etária seja de 5,5 milhões a 6 milhões de pessoas.

De acordo com a ministra, as crianças também receberão a programação de duas doses, e com isso ela disse que serão necessárias 12 milhões de doses para atender as crianças. Para vaciná-las, Vizzotti disse que o país conta com um estoque de 10 milhões de doses da vacina da Sinopharm - a única para uso emergencial em crianças - e deve receber remessas de até 1,6 milhão de doses de 4 a 11 de outubro.

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Além disso, para continuar vacinando adolescentes de 12 a 17 anos, Vizzotti afirmou que quase 7,2 milhões de doses da vacina da Pfizer devem chegar ao país de 4 a 27 de outubro. "A notícia é que a Argentina terminará o ano de 2021 com toda sua população acima de três anos coberta e protegida", declarou a ministra, estimando que até o final do ano a maioria da população acima de três anos terá iniciado o cronograma de vacinação e uma "alta porcentagem" terá a dosagem completa.

Na entrevista, foram feitas várias perguntas à ministra sobre a segurança da administração da vacina da Sinopharm a crianças, já que ela só está licenciada para uso emergencial. Vizzotti respondeu que ela "é uma das vacinas mais seguras" e que está sendo usada na China, nos Emirados Árabes Unidos e no Bahrein. "O que a Anmat analisou é precisamente que todos os dados de imunogenicidade e segurança são encorajadores e positivos e apoiam o uso da vacina", argumentou.