Lia Thomas, atleta transgênero americana que competiu como homem por três anos antes de começar a disputar campeonatos femininos de natação, foi indicada por sua universidade ao prêmio “Mulher do Ano”, da National Collegiate Athletic Association ou NCAA, responsável pela organização da maioria dos campeonatos esportivos universitários nos EUA.
O prêmio, segundo a NCAA, é destinado a premiar “conquistas acadêmicas, excelência no atletismo, serviço comunitário e liderança de atletas universitárias graduadas". As indicações ao prêmio são feitas pelas universidades que integram a NCAA. A partir dessas indicações, serão escolhidas 30 homenageadas, que receberão o prêmio em janeiro de 2023.
Em março deste ano, Thomas terminou em primeiro lugar no ranking da NCAA em natação, sendo a primeira atleta transgênero a chegar nessa posição. O desempenho de Thomas é questionado inclusive por outras atletas, que acreditam que o porte e as condições físicas de Thomas lhe dão vantagens em relação a outras atletas não-transgêneros.
Para proteger a competitividade e garantir condições mais justas de disputa, entidades esportivas já aprovaram diretrizes específicas para a participação de atletas transgêneros em competições. Vários estados americanos também possuem leis contra atletas transexuais em esportes femininos.
No ano passado, na Nova Zelândia, a Universidade de Otago e sua associação de estudantes (Ousa, na sigla em inglês) elegeram a atleta transgênero Laurel Hubbard, de 43 anos, como a atleta feminina de 2021 na sua premiação anual em reconhecimento a talentos em diferentes áreas revelados na instituição.