Mais de 300 novas infecções por coronavírus na Coreia do Sul estão relacionadas a uma igreja da região norte de Seul, informou o Centro de Controle de Doenças do país nesta segunda-feira (17). De acordo a agência de notícias sul-coreana Yonhap News, centenas de membros da igreja protestante Sarang Jeil ignoraram os apelos do governo e participaram de uma missa no Dia da Libertação (do domínio colonial japonês), no sábado (15). O pastor da igreja, Jun Kwang-hoon, foi um dos que testou positivo para a Covid-19.
Em resposta, as autoridades do país identificaram 4 mil pessoas que foram ao evento religioso, impuseram quarentena a 3.400 delas e testaram, até segunda-feira, 2 mil, das quais 312 foram diagnosticadas com o vírus. O vice-ministro da Saúde da Coreia do Sul, Kim Ganglip, pediu que os fiéis que participaram da missa visitem um centro de saúde para serem testados.
Mais de 200 mil pessoas assinaram uma petição online pedindo a prisão do pastor. Jun foi detido em março por violar a lei eleitoral ao pedir em uma manifestação de rua que os participantes votassem em um candidato específico nas eleições de abril. Ele foi liberado após pagar fiança e se comprometer a não participar de manifestações relacionadas ao caso pendente. Agora, o Ministério da Saúde e o governo da cidade de Seul entraram com uma ação criminal contra Jun por violar a Lei de Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas. Desde o início da pandemia, a Coreia do Sul registrou 15,5 mil casos de Covid-19 e 305 mortes pela doença.