A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, participa de uma entrevista coletiva em 9 de dezembro de 2020 em Genebra| Foto: Fabrice COFFRINI/AFP
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A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, confirmou nesta quarta-feira (9) que a ditadura de Nicolás Maduro pressionou e intimidou os venezuelanos para que eles participassem das eleições legislativas de domingo (6), consideradas ilegítimas por mais de 45 países.

"Houve relatos de jornalistas que foram intimidados durante a cobertura das eleições de domingo pela Guarda Nacional Bolivariana. É claro que também ficamos preocupados em ver alguns comentários de que as pessoas que não votaram não teriam acesso a programas sociais, de alguma forma pressionando as pessoas a votar", lamentou Bachelet em uma coletiva de imprensa.

Ela também exortou todos os líderes da Venezuela a promover "um contexto pacífico e que as liberdades das pessoas possam ser cumpridas". De acordo com a agência de notícias EFE, Bachelet disse ainda que a oposição venezuelana pretende participar das eleições municipais e estaduais que estão previstas para o ano que vem. Recentemente, uma missão independente da ONU concluiu que a ditadura chavista foi responsável por assassinatos extrajudiciais e uso sistêmico de tortura, acusando Maduro e seus ministros de cometer crimes contra a humanidade.

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