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O "balão espião" chinês detectado no espaço aéreo dos Estados Unidos continua sobrevoando o país e pode deixar o continente e chegar ao oceano neste sábado (4), segundo um modelo meteorológico da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) interpretado por especialistas. O balão, que aumentou a tensão entre Pequim e Washington, esteve hoje na altura da cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, segundo imagens divulgadas pelos meios de comunicação nacionais.
Às vezes o objeto é até visível para a população, como mostram os depoimentos de moradores da região, apesar de estar a cerca de 60 mil pés da superfície (18.288 metros). Dois oficiais de defesa dos EUA disseram à "CNN" que o balão deve chegar à costa leste e depois seguir para o mar no sudeste, perto das Carolinas.
Apesar da agitação desencadeada pelo evento, o governo dos Estados Unidos ainda não forneceu novas atualizações sobre o dispositivo, e nada de novo se sabe sobre o outro balão que sobrevoa a América Latina, confirmado ontem pelo Pentágono. Pequim admitiu na sexta-feira (3) que o dispositivo que sobrevoa os EUA lhe pertence, embora afirme que “se trata de um balão civil usado para fins de pesquisa, principalmente meteorológica”. A China não confirmou nem desmentiu as informações sobre um segundo "balão espião” detectado pelos Estados Unidos, que desta vez sobrevoa a América Latina.