O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Iowa na terça-feira (12)| Foto: EFE/EPA/STEVE POPE
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usou pela primeira vez o termo "genocídio" para descrever a guerra na Ucrânia. O comentário ocorreu em um comício no estado de Iowa, na terça-feira (12), quando Biden falava sobre os esforços de seu governo para conter o aumento dos preços da gasolina resultante da guerra na Ucrânia.

"O orçamento de suas famílias, sua capacidade de encher o tanque, nada disso deve depender de um ditador declarar guerra e cometer genocídio do outro lado do mundo", afirmou, em referência a Putin e à Ucrânia. Anteriormente, Biden já descreveu Putin como um "carniceiro", e também acusou o Kremlin de cometer crimes de guerra na Ucrânia.

Na semana passada, ao ser questionado pela imprensa se qualificaria como genocídio o massacre de Bucha, ele preferiu um tom mais ponderado: "Não, acho que é um crime de guerra". Dentro do governo dos EUA existe um processo burocrático para determinar se um genocídio está sendo cometido em um país, e não há clareza se esse processo segue em andamento ou já foi concluído no casso da ação russa na Ucrânia.

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Nesta quarta-feira (13), o Kremlin reagiu à declaração, que classificou como "inaceitável". "Discordamos totalmente das declarações e consideramos inaceitáveis ​​as tentativas de distorcer a situação", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov. "Além disso, é dificilmente aceitável que isso seja dito pelo presidente dos Estados Unidos, um país que cometeu ações (condenáveis) conhecidas na história moderna e recente", acrescentou.