O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou nesta terça-feira, 26, a intenção do governo americano de comprar 200 milhões de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19. A informação havia sido veiculada minutos antes pela imprensa americana. Em pronunciamento na Casa Branca, o democrata explicou que metade das doses seria fornecida pela Pfizer e as outras 100 milhões pela Moderna. Os imunizantes das duas farmacêuticas são os únicos cujo uso emergencial já foi aprovado no país.
Com os novos lotes, os EUA teriam o suficiente para imunizar 300 milhões de americanos, já que o montante total de vacinas disponíveis subiria de 400 milhões para 600 milhões. São necessárias duas doses em cada pessoa. "Espero que possamos anunciar o acordo em breve", declarou Biden.
"Recentemente, descobrimos que o programa de vacinas está em pior estado do que esperávamos", afirmou o democrata, em uma crítica à gestão de seu antecessor, o ex-presidente Donald Trump. "Este é um empreendimento de tempo de guerra. Isso não é uma hipérbole", frisou o novo chefe da Casa Branca.
De acordo com Biden, os novos lotes de vacinas devem chegar aos EUA em meados do verão do Hemisfério Norte, que vai de junho a setembro. "Nosso plano vai levar tempo. As coisas vão continuar a piorar antes de melhorar", alertou o democrata. Por isso, Biden reforçou o pedido que vem fazendo para que os americanos usem máscaras. Ele citou as novas variantes do coronavírus identificadas no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil como exemplo de como a situação pode piorar. "Vamos derrotar essa pandemia. A ajuda está a caminho. Podemos fazer isso se estivermos juntos", prometeu. O presidente também confirmou que o governo aumentará o fornecimento de vacinas aos estados em mais de 15% na próxima semana.
Até esta terça-feira, os Estados Unidos já aplicaram mais de 23,5 milhões de doses da vacina da Covid-19 em sua população, segundo levantamento do site Our World in Data.