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A Bolívia classificou nesta quinta-feira (16) como “unilateral” e “fora da realidade” um relatório dos Estados Unidos que incluiu o país e a Venezuela em uma “lista negra” de compromissos internacionais não cumpridos na luta contra o tráfico de drogas.
Em entrevista coletiva em La Paz, o ministro do Interior, Eduardo Del Castillo, disse que o pronunciamento do governo americano se baseia em “um relatório unilateral que está muito longe da realidade boliviana” e que contrasta com outros produzidos pela União Europeia (UE) e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
O ministro afirmou ainda que o fato de os Estados Unidos terem identificado a Bolívia e a Venezuela dentro de uma lista mais ampla de 22 países da América Latina e do Caribe considerados como grandes produtores ou plataformas para o tráfico de drogas corresponde a 2020, durante o governo da ex-presidente interina Jeanine Áñez.
Na Venezuela, o chanceler Félix Plasencia também criticou o relatório americano. “A Venezuela rejeita veementemente a prática ilegal e ilegítima dos Estados Unidos de se fazer passar por uma polícia supranacional de estados soberanos e independentes, refletida neste memorando sobre os principais países produtores de drogas ilícitas ou países importantes de trânsito de drogas para o ano fiscal de 2022”, disse, em comunicado.