| Foto: AFP
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Mesmo com o sistema de saúde do país sobrecarregado devido à pandemia do novo coronavírus, o governo da Bolívia não tem planos de adiar as eleições presidenciais previstas para 6 de setembro. Há grandes chances de o partido do ex-presidente Evo Morales, Movimento para o Socialismo (MAS), retornar ao poder. Luis Arce, candidato escolhido a dedo por Morales, aparece na liderança das pesquisas. O ex-presidente se encontra exilado na Argentina no momento. Em novembro de 2019, ele renunciou ao cargo que ocupava desde 2006, em meio a denúncias de fraude eleitoral.

A eleição está fazendo com que as tensões políticas cresçam na Bolívia. Em La Paz e outras cidades há registros quase diários de manifestações, que desafiam as medidas de isolamento social. Na terça-feira (30), houve um grande protesto de professores na capital, enquanto na quarta (1), trabalhadores da saúde se reuniram em Santa Cruz. Sem usar máscaras e desrespeitando o distanciamento mínimo obrigatório, os manifestantes gritam palavras de ordem contra o governo. Além de tudo, a força policial que acompanha as manifestações é mínima.

As eleições gerais bolivianas estavam inicialmente previstas para ocorrer em 3 de maio, mas foram adiadas por conta da pandemia de Covid-19. As manifestações populares, porém, devem acentuar a propagação da doença. O país registra 34,2 mil casos confirmados de coronavírus e 1,2 mil mortes.

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